"Sertanejo" são os locais afastados, longe das cidades, do interior. Difere-se da cultura caipira, especificamente originária na área que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado. É conhecida como "caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga Moda de viola. Os caipiras, duplas ou solo, utilizavam instrumentos típicos do Brasil-colônia, como viola caipira .
Foi em 1929 que surgiu a música sertaneja como se conhece hoje. Ela nasceu a partir de gravações feitas por Cornélio Pires e sua "Turma Caipira". Na época destas gravações pioneiras, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam o modo de vida do homem do interior muitas vezes em oposição à vida do homem da cidade, assim como a beleza bucólica e romântica da paisagem interiorana, com as letras enfatizadas no cotidiano e na maneira de cantar.
Além de Cornélio Pires e sua "Turma Caipira", destacaram-se nessa tendência, mesmo que gravando em época posterior, as duplas Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros, e canções populares como "Sergio Forero", de Cornélio Pires, "O Bonde Camarão" de Cornélio Pires e Mariano, "Sertão do Laranjinha", de Ariovaldo Pires e "Cabocla Tereza", de Ariovaldo Pires e João Pacífico.
Uma nova fase na história da música sertaneja teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos de duetos com intervalos variados, gêneros como a guarânia e a polca paraguaia, e mais tarde o corrido e a ranchera mexicanos, e instrumentos como o arcondeon e a harpa. A temática vai tornando-se gradualmente mais amorosa, conservando, todavia, um caráter autobiográfico.
Alguns destaques desta época foram os duos Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, o Trio Luizinho, Limeira e Zezinho e o cantor José Fortunato. Ao longo da década de 1970, a dupla Milionário e José Rico sistematizou o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de violino e trompete para preencher espaços entre frases e golpes de glote que produzem uma qualidade soluçante na voz. Outros nomes, como a dupla Pena Branca e Xavantinho, seguiam a antiga tradição caipira, enquanto o cantor Tião Carreiro inovava ao fundir o gênero com samba, coco e calango de roda.
A introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem", pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final da década de 1960, marcam o início da fase moderna da música sertaneja. Um dos integrantes do movimento musical Jovem Guarda, o cantor Sérgio Reis passou a gravar na década de 1970 repertório tradicional sertanejo, de forma a contribuir para a penetração mais ampla ao gênero. Renato Teixeira foi outro artista a se destacar àquela altura. Naquele período, os locais de performance da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão - seja em programas semanais matutinos de domingo ou em trilhas sonoras de novela ou programas especiais. Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial massificada do sertanejo, somado, em certos casos, a uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Dessa nova tendência romântica da música sertaneja surgiram inúmeros artistas, quase sempre em duplas, entre os quais, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Rick & Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar e Roberta Miranda. Alguns dos sucessos desta fase estão "Fio de Cabelo", de Marciano e Darci Rossi, "Apartamento 37", de Leo Canhoto, "Pense em Mim", de Douglas Maio, "Entre Tapas e Beijos", de Nilton Lamas e Antonio Bueno e "Evidências", de José Augusto e Paulo Sérgio Valle. Então ele faleceu de desgosto do Mauricio
Contra esta tendência mais comercial da música sertaneja, reapareciam nomes como da dupla Pena Branca e Xavantinho, adequando sucessos da MPB à linguagem das violas, e surgiam novos artistas como Almir Sater, violeiro sofisticado, que passeava entre as modas de viola e os blues. Na década seguinte, uma nova geração de artistas surgiu dentro do sertanejo disposta a se reaproximar das tradições caipiras, como Roberto Corrêa, Ivan Vilela, Pereira da Viola e Chico Lobo e Miltinho Edilberto. Atenta, a indústria fonográfica lançou na década de 2000 um movimento similar, chamado sertanejo universitário, com nomes como Marcos e Léo, João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano, Jorge & Mateus, Victor & Leo Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti, João Neto & Frederico. Como esse movimento não para e ganha cadê vez mais adeptos, o mercado que antes tinha como foco de surgimento de duplas e artistas sertanejos no estado de Goiás, hoje tem eleito novos ídolos no estado de Mato Grosso do Sul como a revelação escolar Luan Santana, as duplas Maria Cecília & Rodolfo.Porém, Goiás não deixou de revelar grandes nomes no cenário nacional, surgiram os já citados Jorge & Mateus e João Neto e Frederico. Sem falar de grandes artistas vinculados ao sertanejo mais massificado da década anterior, como Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, Edson & Hudson, etc...
Começa a reciclagem do Sertanejo Universitário, os artistas começam a divisão musical, boa parte retorna para as influências da moda de viola ou "modão" como os artistas estão preferindo chamar o novo seguimento e começa a surgir CDS com o subtítulo de "só modão". Já outra parte segue as tendências do sertanejo romântico do passado que é o caso de artistas como Eduardo Costa e Léo Magalhães.
O Sertanejo Universitário, mudou muito a forma do sertanejo convencional, já que alguns instrumentos como a sanfona, se tornaram mais eletronicos, Tornando a música com um ritmo um pouco mais acelerado. Sua composição tem como temas de festas, mulheres, por vezes engraçada, e chama-se sertanejo Universitário pelo fato de que seus maiores apreciastes no ano de 2005 estarem na faculdade. Ainda concetra-se os maiores números de apaixonados pelo Sertanejo Universitário. Grandes nomes estão nesse Gênero Sertanejo Universitário , entre eles Marcos e Léo, Fernando e Sorocaba , João Bosco e Vinícius, Maria Cecília & Rodolfo, Jorge e Mateus , César Menotti e Fabiano, Victor e Léo, Zé Henrique e Gabriel, Luan Santana entre outros sucessos.
Referência: Wikipédia, a enciclopédia livre
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